Minas Gerais, Algum
Sábado, Nublado, do inicio de 2017.
Após um fim de sexta-feira
hidratado por Kaiser e algum tira gosto em família, foi dormir e como de
costume e desejo, até a presente data, acordei (Ufaa..). Ao despertar devido a
ruído provocado por um caminhão que se movimentava de ré (pipipipippiii), abri
um dos olhos, olhei para um lado e depois para o outro, como de costume e objetivo
de tentar prever a hipertermia que irei enfrentar durante o dia e até quem acertar
na posição da chave de temperatura do chuveiro que irei afrontar, após abrir o
segundo olho, levantar-me da cama, tentar um leve e curto alongamento, seguir
para o banheiro, abrir a porta, levantar a tampa do vaso, estalar os dedos
antes de tentar dominar a minha anaconda tirando ela da posição meio dia para
coloca-la sinalizando 6 horas, para assim tentar acertar o jato de pipi, no
centro do vaso sanitário.
(risos... – já sei, você deve esta pensando: “homem barbudo falar
‘pipi’ é meio “viadim” ”)
Em fim; o importante é que
conseguir dominar o pitelãoooo e não sujar o chão de xixi.
Após a urinação consciente, retirei a única peça de roupa que
eventualmente me acompanha durante a noite e foi em direção ao chuveiro, abrir o registro,
deixar que alguns gotículas caíssem sobre o meu dedão do pé que neste momentos
se transforma em um termômetro eficiente.
Já limpo da inhaca do dia
anterior, enquanto me secava ouvir um grito:
- Você me leva ali, em Sabará?
- Bom dia! Respondi prontamente.
- Leva ou não leva. Gritou a voz
novamente.
- Em que bairro você quer ir? Perguntei
- Precisamos sair em dez
minutinhos, ok?! Disse a voz.
- Sem chances, pois ainda nem
tomei café. Respondi aos gritos.
- Precisamos ir o mais rápido
possível, pois Dr. Fritz começa a atender em uma hora.
Ao saber que estava sendo
solicitado a acompanhar até um médico, me conscientizei da possível
enfermidade, abri a porta do banheiro e disse: Só um minutinho, já vamos.
59 MINUTINHOS DEPOIS...
Já dentro do carro e prestes a
ligar o motor me pronunciei: Onde fica mesmo?
- Rua Charles
Bizzet, 1250 - Rosário II. Respondeu o passageiro desanimado, pois já estávamos
atrasados.
Ao aproximar do destino e
perceber que estávamos adentrando em uma área aparentemente rural, perguntei
novamente onde iriamos e quem era o tal médico, logo, após uma simples
explicações, relembrei que este era o famoso médico alemão, Dr. Adolf Fritz, que
incorpora na médium Eliane Gonçalves, que ainda criança sentiu o contato com o
Dr. Fritz e assim, ao chegar a cidade de Sabará, no final da década de 90
fundou a ‘Instituição Casa de Auxílio e Fraternidade Olhos da Luz’.
Ao me aproximar do local, além de,
como de costume, errar o caminho e ser salvo por algum transeunte gente fina, me
lembrei de alguns folhetins e fatos que
li sobre o local, tais como: No início,
a fraternidade se instalou em uma simples cabana de madeira e hoje atende
pessoas do Brasil e do mundo, que na maioria das vezes vem a procura de
cirurgias espirituais, realizadas pelo espírito do Doutor Fritz, através das
mãos Eliane, que também conta com a ajuda e auxiliou de dezenas de voluntários,
que ajudam uma instituição sem fins lucrativos que abriga também uma escola com
cursos profissionalizantes para jovens e adultos.
Ao me aproximar da entrada da
instituição, tive que voltar quase um quilometro, pois não havia vaga para
estacionar entre carros requintados e alguns modestos, mas sem explicação
aparente, a caminha até a entrada foi tranquila e já sensível de uma boa
atmosfera.
Como já disse em crônicas anteriores,
tenho muito apreço à fé alheia, mas por incrível que pareça, ao adentrar pelo caminho
que levava ao salão principal da instituição, sentir uma atmosfera positiva e
contagiante, antes mesmo de ouvir elogios ao doutor e comentários de satisfação
dos que se afastavam da porta principal.
-
Muito bom. Muito bom. Não vejo a hora de reencontrar Dr. Fritz novamente. Sussurrou
uma senhora que andava com dificuldades, pois uma faixa enrolado no joelho, a impedia
de caminhar normalmente.
-
Fantástico. Já sinto melhoras. Disse o marido à esposa que o devolvia um
sorrido ao companheiro que caminhava com uma faixa enrolada no rosto, tampando
um dos olhos.
Ao deixar meu carona na porta e ver que havia
pego uma senha para atendimento, lhe orientei bem baixinho ao ouvido, que
tomasse muito cuidado, não deixasse que fizesse cortes em seu corpo e muito
menos que lhe enfaixasse, pois não havia necessidade alguma daquilo.
Ao me afastar e inicia a minha saída
do salão que naquele momento estava lotado de pessoas sentadas em cadeiras
observando um coral à frente, fui abordado tranquilamente por um rapaz que me
ofereceu uma senha, a qual prontamente recusei, dei um sorriso de agradecimento,
um joinha e disse.
-
Não obrigado, pois só estou acompanhando uma pessoa.
E assim, continuei minha
caminhada ao redor da instituição e voltei novamente para a entrada principal
para verificar se a consulta já havia acabado, momento este onde o mesmo rapaz da senha disse: A consulta é rápido,
não dói e não machuca.
-
Quer ir eu até quero, mas seria uma falta de respeito, pois não acredito e não
tenho fé, sendo assim, só iria para espionar o ambiente.
-
ok, tranquilo. Boa sorte! Respondeu o rapaz sorrindo e me entregando a fixa com
a senha 200 e alguma coisa.
Como de costume, não recusei a experiência
cultural e assim atravessei o salão, foi até a senhora que orientava os fieis,
foi orientado a deixar a minhas coisas em um corredor ao lado e entrar em uma
sala de aproximadamente 3 metros quadras, onde sentei entre uma senhora
sorridente de cabelos brancos e um senhor negro e alto, que inclusive também
parecia estar em uma primeira experiência, pois suava mais que eu, pois observávamos
uma porta que abria e fechava em intervalo de segundos, para entrada de
pacientes, pois quem controlava a entrada e saída de pessoas, era um homem que
utilizava apetrechos de médicos prestes a uma cirurgia (luvas, mascara, touca e
jaleco).
Enquanto esperávamos sentados,
dois monitores se revezavam entre cantar musicas cristã e orar. Após observar
quase dez pessoas entrarem na sala antes de mim (não havia uma ordem de
chegada/não entendi o critério para entrada na sala escura), vi um dedinho
apontado para mim, momento este onde dei uma leve cotovelada no amigo do lado
indicando que era a sua vez, mas não, eu era o próximo.
No dia, eu imaginei que o processo
não durou mais que trinta segundos, mas não, entre o dedico da sala escura me
chamando e a minha saída no corredor para pegar as minhas coisas e beber um
liquido que até hoje eu não sei direito oque era (acho que era água pura mesmo,
pois estava em um filtro), não durou mais que dois minutos.
Ao entrar na sala que
aparentemente era totalmente escura e que continha aproximadamente umas 15
camas de hospitais e dezenas de pessoas vestida de medico cirurgião, observei
que em todas havia um auxiliar vestido de branco e apetrechos de médicos que
aparentemente passava instruções até a equipe de aproximadamente 4 pessoas
chegasse com o Dr. Fritz.
Antes mesmo de inicia o meu
reconhecimento 360 graus do ambiente, fui conduzido à maca e perguntado sobre
onde e qual era a minha dor.
-
Como assim, dor? Perguntei inocentemente.
-
Onde você sente dor? O homem me perguntou novamente.
-
No coração, pois sinto muitas saudades de minha mãe. Respondi naturalmente, mas
após alguns segundos de silêncio tive a explicação que a dor em questão para cirurgia,
é física, logo gritei: O joelho, o joelho, pois em último caso, sem dar para
sobreviver.
-
Ok. Respondeu o homem e em seguido seu auxiliar me deu um tapa no peito e
disse: Que camisa bonita, em; eu também toço para o Atlético Mineiro.
#AquiÉGalo #GaloDoido
Antes de terminar de falar que
era galo doido, em questão de segundos, fui mobilizado por quatro pessoas e
entre elas surgiu à senhorita Eliane, incorporada de Dr. Fritz para assim,
tocar o meu joelho, enfaixa-lo fortemente e rapidamente se afastar sem que ao
menos eu conseguisse ve-lo (a).
Ao me levantar e ser conduzido a
sair da sala, sentir uma leve dor, que naquele momento imaginei ser de um
agulhada que sentir no momento da cirurgia espiritual, mas ao retirar a faixa e
não perceber nenhum machucado ou perfuração, sustento a hipótese de ter sido um
leve e suave belisco no joelho.
Obs1: iria colcar alguns dados aqui, mas se
interessar pelo assunto é só buscar: DR. FRITZ SABARÁ
Obs2. Aos fieis: Se usei
algum termo não adequado para a situação, gentileza disser nos comentários para
que eu avalie a possibilidade de trocar a palavra ou termo usado na crônica.
Obs3: Devido ao tempo do
acontecimento, pode ser que eu confundir a ordem dos acontecimento, pois ao
entrar na sala de espera, tudo acorreu muito rápido.
Claudney Penaforte, outubro de 2018
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