quinta-feira, 13 de setembro de 2018

GATO CORNO


  (no olho)      (do gato)



Ai eu encontro uma rádio que está tocando os últimos refrãos de uma boa música, logo, mesmo não sendo uma sintonia onde costumo surfar, já satisfeito decido bloquear o meu celular e recoloca-lo no bolso; e assim aguardo outra música do gênero, mas antes mesmo do termino da última palavra da canção que tocava, escuto um grito vindo dos meus fones de ouvido, logo imagino ser alguma interferência de rádio pirada, mensagem marciana ou até uma assombração que resolveu se pronunciar por um meio diferente do usual, masssss... após alguns milésimos de segundos, percebo que é mais uma propaganda política obrigatória na rádio e que  estes são gritos de mais um candidato desesperado por votos que ele precisa para garantir sua continuidade na profissão que lhe dará bons frutos, inclusive um boa aposentadoria; logo, como meus ouvidos não são penico, puxei desesperadamente os fones da minha orelha e prontamente o  desconectei do celular e por segurança e maior alivio, desliguei  o aparelho antes de retirar a bateria e em seguida coloca-lo em um bolso e a bateria no outro.
Ufaa...
- Bom dia!? Respondi um oi me direcionado do outro lado da rua.
- Só se for para você! Respondeu minha amiga otimista.

E assim, como de costume, entre assuntos aleatórios, surge um que provoca gargalhadas.

- Iai, como vai o Chiquinho? Perguntei já sorrindo, pois pelos dele estavam tatuados na blusa preta dela.
            - Adoro ele, mas mesmo assim, as vezes sinto vontade de chama-lo de filho de uma puta.
           - Uai, por quê?  Perguntei, pois até então o tal gato era um Gato.

           - Meu gatinho fez xixi e cocô na cama do meu namorido, antes de fazer xixi no bolo que estava sobre a mesa; que inclusive era parte do meu café da manhã.

            - Sério. Perguntei, já me conscientizando e reafirmando que esse não é um possível e melhor futuro amigo para mim.

            - Não, mentira! Respondeu ela com deboche.
            - Seu namorado deve adorar isso né. Perguntei já aguardando o silêncio.
            - Ele não está nem ai. Respondeu ela gargalhando.

Inclusive, uma amiga minha também tem um gatinho, mas o problema dela é que ele é fujão.
            - Que amiga? Perguntei já esperando um bom causo.

             - O apelido dela é Rata Murcha e o nome do referido felino é Eduardo.

Entre uma fuga e outra, Eduardo saiu de casa e ficou sumido durante uma semana, ressurgindo no sétimo dia durante um dia frio e com sinais de chuva por vir.

- No dia em que Eduardo voltou, minha amiga teve um motivo para ficar feliz e dois para ficar triste, pois Eduardo estava sem qualquer arranhão, mas retornou em companhia de uma companheira gravida; esta que inclusive, segundo relatos de Rata Murcha, nem se quer a olhou nos olhos.

Para piorar, segundo ela, a tal companheira de Eduardo, além de comer igual um ex-prisioneiro de guerra, pariu quatro gatinhos que durante o dia ficavam caladinhos, iguais anjinhos, mas à noite gritavam e miavam igual capetinhas tomando banho de agua benta, pois a sua mãe saia nas madrugadas para desistressar, deixando Eduardo sem saber oque fazer para acalma-los.

Entre umas e outras saída para “desistressar”, Satanoa (apelido dado namoradinha de Eduardo), foi e até hoje não voltou.

- Por sorte, Rata conseguiu doar três gatinhos, sobrando somente um com problemas de locomoção e que hoje lhe faz companhia nas faltas de Eduardo Corno Fujão.

- Que gata safada, em... Disse pausadamente, antes de uma bela gargalhada.





Obs: 51% da estória é verídica.

Relato verídico mas adaptado por mim.

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