quarta-feira, 27 de junho de 2018

MEU CARRINHO DE SUPERMERCADO


Futuro Fora Da Lei.



Quase todo ser vivo tem em sua lista de coisas a serem feitas antes de morrer, objetivos a serem conquistados e até fetiches a serem consumados; outrora eu, sem muitos planos ou sonhos longe de serem alcançados após um cansativo dia a procura de emprego, ha alguns anos, caminhava tranquilamente por um das vias pública da capital mineira e ao passar por uma esquila da cidade, parei frente a faixa de pedestre para esperar o sinal verde e ao olhar para o lado direito, há alguns centímetros de onde estava, percebi que minha única companhia naquele momento era um carrinho de supermercado, abandonado.

Durante alguns segundos nos encaramos sem qualquer sentido ou objetivo, mas em um certo momento veio me o sentimento de adoção e assim resolvi toca-lo para assim continuarmos juntos nossa jornada, mas antes que eu o colocasse em movimento ouvi uma voz vindo em minha direção:

“Largaaa... Éééé, meu!”

Gritou o morador de rua revoltado, pois imaginava que estava prestes a perde o fruto de seu provável roubo.

Já frente a frente comigo, não satisfeito por perceber que eu desistira dos 100 anos de perdão, o inquilino das ruas resolveu orientar o seu melhor amigo a acariciar as minhas canelas.

“Pega ele, Totó. Pega vai.” 

Ao observar a situação e já preocupado por estarmos chamando a atenção de outros transeuntes, simulei desistência e medo do coitado e frágil cãozinho que caminhava vagarosamente em minha direção, pois, aparentemente, se continha para preservar as forças que ainda tinha para seguir sua jornada até a doação ou lixeira mais próxima.



“Totó preguiçoso. Pega ele maldito, cachorro.” resmungou o apreciador das vias públicas.

Desculpe e tchau. Respondi e prontamente comecei a me distanciar e lamentar o porquê de não ter brigado por aquele carrinho que até hoje, não acredito ser daquele habitante das veredas belorizontinas.

Atualmente acumulo varias tentativas VERIDICAS de apropriação indevida deste veiculo que ainda me atrair. Sempre que vejo algum abandonado nas ruas ou até alguns metros de mendigos e moradores de rua, prontamente elaboro um plano nos moldes KGB e CIA, mas quando resolvo executar o plano sou contido pela companheira, amigo ou transeunte que me questiona e faz varias perguntas do porque estou com olhares fixados em um carrinho de carregar compras, logo isso me incentiva a achar defeitos na minha caça que, quase sempre, esta faltando alguma roda, envelhecida por ferrugem e até carregado com matérias antes recicláveis.

Minha última tentativa foi colocar um no porta malas do meu carro, mas infelizmente não obtive sucesso, pois não coube.

O que farei caso persista neste objetivo incomum? Não sei! Talvez o pendure na sala da minha casa, o transforme em churrasqueira, o estacione no meu jardim (mais aceitável/amável) e o carregue de plantas e flores ou até quem sabe, somente faremos um passeio no parque antes de devolve-lo ao seu habitar natural.

Sobre hoje? Foi ao supermercado comprar duas latinhas de cerveja e perambulamos pelos corredores durante vinte e dois aproveitáveis minutos, onde o expliquei pela milésima vez que meu fetiche é por carrinhos de supermercado de metal e que estejam abandonados e/ou já roubados.

Obs: Inventei parte da história e estou me controlando, mas a possível futura apropriação indevida ainda é um plano a ser executado a qualquer momento.



Quando conseguir ou se conseguir, eu conto aqui!

Abraço e até mais.

Vai lá no meu canal no youtube e dá aquela laikada, inscreva-se e curta as presentes e futuras postagem de entrevistas.

#HojeÀNOITEcomClaudineyPenaforte #HANcomClaudineyPenaforte

2 comentários: